Ciao!
Recentemente, uma aluna do Atelier iniciou o trabalho de restauração de uma cadeira giratória, toda em madeira, fabricada pela extinta Móveis Cimo S/A. Achei o trabalho formidável e resolvi buscar informações sobre a história da fábrica... segue abaixo:
A Móveis Cimo S.A. teve papel de destaque no
processo de industrialização do mobiliário nacional, sendo um dos marcos mais
significativos entre a herança artesanal e o início da produção em série no
Brasil.
Em Rio Negrinho (SC), hoje um dos maiores pólos
moveleiros do país, a empresa iniciou seus negócios como serraria e fábrica de
caixas. Em 1921, passou a produzir cadeiras a partir do aproveitamento das
aparas de imbuia (resíduo da fábrica de caixas).
Com a comercialização do mobiliário nos centros
urbanos, iniciando por São Paulo e Rio de Janeiro, solidificavam-se, então, as
duas premissas iniciais : o aproveitamento do material e a comercialização nos
maiores centros urbanos do país.
A Cimo criou, assim, uma linha de produtos de
qualidade destinados à produção em escala, tendo sido pioneira na introdução da
tecnologia da laminação. Seu produto, durante anos, dominou o mercado nacional
de móveis para instalações comerciais e institucionais, com repercussão na
América Latina. Foi a maior produtora de cadeiras para cinemas do Brasil e a primeira a ter uma política de reflorestamento. Se destacou principalmente na década
de 70, tornando-se referência em design por ser a primeira a vender móveis
desmontados para facilitar o transporte.
Após inúmeros problemas internos, somando-se a
isto tecnologias mais modernas e baratas (fibra de madeira aglomerada) que
traziam grande competitividade à concorrência, bem como misteriosos incêndios em
algumas fábricas, o grupo acabou por decretar a falência no início dos anos 80.
Ciao!